terça-feira, 2 de março de 2010

História do miscroscópio

Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado em 1590 por Hans Janssen e seu filho Zacharias, dois holandeses fabricantes de óculos.

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Em 1665, o inglês Robert Hooke (1635-1703), publicou os resultados das suas investigações, realizadas para a Royal Society de Londres, no livro “Micrographia”.

Hooke fabricou um microscópio óptico composto bastante mais aperfeiçoado relativamente ao dos Jansen e examinou um pedaço de cortiça. Nela observou numerosas cavidades microscópicas, às quais chamou “poros” ou “células” e que lembram a disposição de um favo de mel.

“...pude perceber claramente que toda a cortiça era perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel... esses poros ou células não eram muito profundos e eram semelhantes a um grande número de pequenas caixas... Esta observação microscópica da textura da cortiça – que eu creio ter sido a primeira porque não há nada escrito por outra pessoa que o tenha mencionado – dão uma razão inteligível dos fenómenos que se dão na cortiça, por exemplo, a sua extrema ligeireza.”
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Antony van Leeuwenhoek (1632-1723) era um cientista invulgar (o seu último nome é muitas vezes de complicada pronúncia para quem não fala holandês; "layu-wen-hook" é uma aproximação possível em Inglês). Veio de uma família de comerciantes, nunca teve fortuna, não recebeu formação universitária, nem sabia outra língua para além do holandês.

Tornou-se comerciante de têxteis, aprendeu a polir lentes, uma vez que costumava usar uma lupa para avaliar a qualidade dos tecidos. Divertia-se, nas horas vagas, a montar lentes, tendo observado aquilo que denominou de “animalculus”, umas pequenas criaturas vivas apenas identificáveis através de vidros curvos que montou num microscópio rudimentara, apenas com uma lente de boa qualidade, mas que ampliava mais de 200 vezes. Há quem diga que teria sido inspirado pelo trabalho de Robert Hooke, após ter visto a capa de uma cópia do Micrographia numa livraria.

Viu microorganismos que se moviam em gotas de chuva, infusões pútridas, saliva e vinagre. E narra, numa carta, o «horror» estampado na cara de pessoas que o visitaram para testemunhar as suas descobertas

«Vieram várias damas a minha casa ansiosas para ver as pequenas enguias no vinagre, mas algumas ficavam tão enojadas com o espectáculo que juravam nunca mais usar vinagre. E se alguém contasse a essas pessoas, no futuro, que há mais dessas criaturas nos resíduos dos dentes da boca de um homem do que o total de homens de todo um reino? Especialmente naqueles que nunca limpam os dentes». 



Os seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e alguns dos seus “infinitamente pequenos” eram observados com uma ampliação de cerca de 300 vezes, uma façanha considerável, mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos. O microscópio de Hooke, apesar de composto (com uma lente ocular e uma objectiva) apenas tinha um poder ampliador de 30 vezes.

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